quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

1ª Etapa Citadino de Speed


Quando foi divulgado a 1ª etapa do Citadino de Speed, realizado dia 29 de janeiro, e confirmado que bicicletas de montanha (MTB) poderiam participar em duas categorias Elite e Master, abri um sorriso, esperava ir muito bem, até por que estou acostumado a andar no asfalto, inclusive fui muito bem nos treinos, acompanhando os amigos de speed, mas havia um porém, um dos meus cisos pressiona os demais dentes, causando muita dor, em véspera de prova que fico mais tenso as dores são intensas. Nos dois dias anteriores a prova, dormi a base de analgésicos. Mesmo assim estava confiante, eram menos de 50 km, ou seja, bem abaixo do que estou acostumado levando em conta que a maior dificuldade seria o sempre presente vento em Rio Grande.


Walter, Derlain e eu
O percurso era simples, largada em frente ao Hotel Atlântico na Av. Rio Grande, indo pela RS734 até o Trevo, onde retornava voltando pela RS734 em direção ao Cassino novamente, minha categoria Elite MTB daria 2 voltas, total aproximado de 46km. O evento estava incrível, muitos ciclistas da região e do Uruguai também, dentre as mountain bikes a maioria “calçava” pneus 1.0, pra quem não conhece é a mesma largura dos pneus de bikes speed, além disso algumas estavam com uma relação mais longa. Já eu com a mesma relação do MTB, e os mesmos pneus também, os Specialized Fast Trak 2.0 que no asfalto parecem um trator.

Bom, comecei o aquecimento, e aí a grande má surpresa, um problema na relação, a corrente estava saltando no cassete, e mesmo regulando não houve jeito, isto fruto do desgaste dos quase 3 mil km. O jeito era ir assim mesmo, sem poder forçar muito pelo risco de queda.
Derlain tentando arrumar a transmissão
Começando bem, puxando na volta de apresentação
Após a volta de apresentação, largamos e eu procurei como sempre ficar na frente, também estava afoito e minha boa posição não durou 2 km, minhas pedaladas simplesmente não rendiam, não sei se foi pela ineficácia do aquecimento prejudicado, talvez as noites mal dormidas pelas dores de dente, ou quem sabe os treinos não foram bons, enfim, fui ficando para trás e uma das piores coisas que se pode acontecer numa prova de ciclismo de estrada, é “pingar” do pelotão, ainda mais com o vento de Rio Grande, enquanto o pelotão ia se distanciando, minha motivação ia junto. Então a triatleta Aline Missiunas me ultrapassa, opa vácuo, e esta guria pedala forte, até “puxei” por bem pouco tempo, mas me sentia quebrado, e logo não consegui mais acompanhá-la.Aí sim, meu negócio agora era só completar a prova.
Quando ultrapassei-o pela primeira vez
Indo para a última volta consegui alcançar e ultrapassar um competidor, fiz a volta na Avenida Rio Grande e indo pela RS 734 vi que este me seguia, pegando vácuo, bom, já que a prova está perdida vamos brincar um pouco, diminui o ritmo e esperei ele me ultrapassar novamente, e ele veio dando “ataque”, mas foi fácil controlar e logo se aproximou meu amigo e colega de trabalho, estreando no ciclismo, Walter Frenzel, todo empolgado, deixei claro pra ele qual era a estratégia e vi que ele estava inteiro para trabalhar junto, simplesmente era se poupar enquanto estávamos contra o vento, já que esta era a última volta, ficamos quase todo tempo no vácuo do outro competidor, quando eu sentia que ele cansava, eu dava uma puxada pra ele se recompor e voltar para a frente, isso baixou nossa velocidade média, porém a corrida já estava perdida mesmo, vamos brincar. Quando começamos a fazer a volta no Trevo, fui ficando um pouco para trás, preparando o ataque para quando virássemos, com o vento a favor, a minha vantagem e a do Walter seriam as rodas 29 polegadas e estávamos mais inteiros, quando começamos a descer o Trevo fui com tudo, passei pelo Walter e fiz o sinal para ele “vir na roda”, e nosso ataque foi incrível, fui olhando aos poucos o outro ciclista se distanciar, e segui em ritmo forte, nessa brincadeira chegamos a 51km/h, e não deixei cair de 40km/h, pois do jeito que estava minha relação se eu tivesse que chegar “sprintando”, tomaria um tombo bonito.
Nossa chegada
Enfim chegamos e vibrando pelo belo trabalho, e eu fiquei com uma dor na consciência, se tivesse feito a prova naquele ritmo, com certeza eu teria alcançado o pelotão novamente e chegado junto, mas enfim, os erros ensinam mais do que as vitórias e foi muito gratificante passar a linha de chegada de mãos dadas com meu grande amigo Walter, estreando bem feliz no ciclismo.



Agora um grande problema na relação para arrumar, na verdade não tinha o que arrumar, e sim substituir, ou seja, uma grana... Pra “arrumar” mesmo agora eram meus dentes e os treinos!!


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