quarta-feira, 4 de julho de 2012

3ª Etapa Zona Sul Speed - Piratini

Final de semana perfeito, jantar e companhia especiais, com direito até a massagem relaxante nas costas para aliviar a tensão pré-prova. Esta que seria domingo, dia 1º/07, na cidade de Piratini, e fui bem avisado "lá vai ter subida, muita subida". Mas meu único medo estava em torno da bike, minha caixa de direção apresentou folga, foi para revisão e continuou estalando e gingando cada vez que eu pedalava em pé ou freava, e isso me dava muita insegurança. Bem, acordei cedinho, cafézão reforçadíssimo antes de cair na estrada, e nos fomos para Piratini, eu, Mário Menger e Diego Dias. Chegando lá, correria para colocar a roupa, dar uma última regulada na bike e aquecer, ou tentar aquecer, mas não tinha muito tempo e ultimamente tenho dado muita atenção para a parte de aquecimento, no início tinha muito medo de acabar cansando demais e ir mal na prova, hoje não, e graças as dicas do Professor Taimar Marinho tenho ido bem graças a preparação minutos antes da prova. Mas desta vez, aqueci por uns 10min (muito pouco tempo) subindo e descendo aquela ladeira inicial que para mim já estava de bom tamanho... Dada a largada, botei para girar, se alguém tentasse atacar no início eu iria atrás, e aí começaram elas, as descidas, fui acompanhando no ciclocomputador a velocidade 60, 65, 70, 72, 25.... ops, que que houve?? Não posicionei o imã corretamente que no transporte acabou ficando longe do sensor, então não teria nem um controle fiel da velocidade, nem controle da distância. E como eu queria saber a velocidade que eu estava naquelas descidas alucinantes. Estava encolhido atrás do guidão literalmente, aproveitando meu físico aerodinâmico hehe.
Quando avistava alguma subidinha curta, pedalava forte na descida para embalar e passar sem perceber, e o pelotão vinha junto. E assim nos fomos até o retorno, sim, agora teria que voltar tudo de novo, a prova era em circuito, 3 voltas de 18km, ou seja 9km curtindo a velocidade nas descidas e 9km sofrendo e muito para subir tudo de novo... Tinha a meu favor minha leveza, são apenas 70kg, dos quais 5% são gordura. Nas descidas alguns já tinham ficado para trás, começaram as subidas e o pelotão ía diminuindo mais ainda.

Quando terminamos os 9km de subidas, e começamos as descidas novamente, estávamos entre 4, uma bike estourou o pneu, sorte que não deu acidente. Agora eu e mais dois atletas, um da ULC de São Lourenço, e outro da RAO de Rio Grande, dois grandes atletas que não consegui acompanhar por muito tempo e acabei ficando para trás e sozinho, perseguido de longe por um atleta de Bagé. Aí começa a briga do bem e do mau na cabeça. A voz dizendo "vai que tu consegue" e a outra dizendo "larga essa bicicleta e pega carona com o carro de apoio, é muita subida, não vale a pena". E a distância entre os dois atletas e eu, só aumentava, e cada vez que eu passava pelo retorno conseguia avistar quem vinha atrás de mim, e o atleta de Bagé estava bem motivado a me caçar. Bem, cabia a mim decidir, ou mantinha a posição 3º lugar, ou tentava quem sabe alcançar ou pelo menos diminuir a distância do 1º e do 2º colocados. Comecei a lembrar, o atleta da ULC tinha chegado em 1º lugar nas outras etapas, o atleta Leandro Meireles da RAO tirou 3º lugar na última etapa e pedalou forte e sozinho contra o vento, e lá em Bagé foi ele que deu o ataque na subida que eu fiquei para trás, ou seja, era difícil.... Além do mais, o vento estava contra na subida, dando vantagem a quem pudesse revezar a ponta. Eu sozinho, me ralei.
Não queria terminar essa prova inteirinho, sem essa de não dar o melhor e competir de forma tranquila. Aumentei o ritmo, comecei a passar por retardatários de outras categorias, e isso ia me motivando. Aproveitei e calculei meu ciclo de cabeça, estava marcando 15km por volta e não os 18km. Numa descida encostei num ciclista e perguntei a velocidade que estávamos, ele gritou "passando de 80.." E aquela não foi a que eu fiz mais forte... segui puxando, não deixava a bike descer sozinha, pedalava pra manter o ritmo.
No retorno da última volta, subi forte, pedalava em pé, sentia a perna arder, meus braços estavam bem cansados pela posição nas descidas, e agora eu tinha que puxar a bike contra as pernas, usava o peso do corpo, chutava com toda força os clips. E eu sentia que estava indo rápido, estava passando por vários outros atletas de outras categorias, e quando olho à frente, na subida mais longa, o atleta da RAO, aumentei mais o ritmo e via nossa distância ir encurtando, logo encostei e descansei um pouco daquela pauleira. Então, ele me viu e fez sinal para eu passar, fui e ele veio na roda, pegando vácuo, comecei a fazer os zigue zagues, de um canto a outro da estrada para não protegê-lo do vento. Em seguida avisto uma outra subida curta mas bem inclinada, iria forçar, se ele estivesse cansado não aguentaria, e aguentou, um atleta fortíssimo, então a chegada seria no sprint.
Diminuí bem o ritmo, estava cansado e a perna doía, fiquei um pouco para trás, mas também não queria dar chances ao ciclista de Bagé. Ficamos lado a lado, roda com roda. E logo avistamos a chegada, com uma subida longa, mas nem tão inclinada, na base dela subi marcha, coroão (53 dentes), Leandro fez o mesmo, a chegada seria emocionante, já não importava a colocação, até ali já éramos campeões, mas sempre se dá o nosso melhor, calculei o momento certo para sprintar, e treino para isso, porém do meu lado estava um baita atleta, muito forte, precisava me superar. Subi na bike e dei tudo de mim, escutei a torcida da equipe do Leandro e vibrei, a perna queimava mas ainda trabalhava, não o vi do lado, olhei para trás e o avistei, já um pouco distante.  Ufaaaaa, que alívio, linha de chegada, e que chegada....
Pódium de campeões!
Parabéns a todos atletas que participaram dessa prova duríssima, principalmente os atletas de Rio Grande, que precisam andar alguns km até uma estrada que não seja plana como as nossas para treinar...
Atletas de Rio Grande

 Esse vai especialmente para ti Fabiane, apoio, motivação, carinho e dedicação:

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rústica Unimed

Dia 10/06 acordei bem cedo, tomei um café bem reforçado, vesti a roupa de ciclismo de inverno, peguei a bike e pedalei até o centro. Minha ideia era ir num passo leve, mas devido ao frio, tive que ir forte para aquecer o corpo. Foram 24km até a Prefeitura Municipal, onde foi realizada a Rústica Unimed, me inscrevi nos 10km. 

Minha primeira e última rústica de 10km foi na Supermaratona (clique no link) em março, que fiz  43’29”, que na verdade eram 10200m. A última rústica foram 5,350km em maio, no Dia do Desafio, tempo 20’50”. No intervalo entre elas, já tinha corrido 20,400km numa brincadeirinha e mais algum treino acompanhando a Fabiane. Infelizmente não treino corrida, fico só na bike, mas tenho uma grande paixão e até facilidade em correr. Bom, nesta rústica da Unimed, corri ao lado do triatleta Marlos Domingues, procurei manter um bom passo, e como o Marlos estava num ritmo bom, quis acompanhá-lo, só assim não me entregaria ao peso dos posteriores da coxa que parecia encurtar minha passada. Agora o que incomodou mesmo foi a sempre presente dorzinha no diafragma, que pode ter sido intensificada pelo frio, e também quem sabe pela de perda rios de suor, provocada pelo calor que a calça bretelle e mais a camisa que já estava aberta até o abdomem, e as luvas que já estavam no bolso desde o segundo km de corrida. Pelo menos entrei soltinho, bem aquecido, o que a bike não leva o mérito sozinha, afinal a idéia era ir sem pressa, bem de leve, chegando quase na hora. Acabei dando-lhe de sapatilha nos clipes, chegando antes do que eu imagina, precisando de mais um aquecimento em companhia da Karen Jardim, que tirou o 3º lugar, nos 5km (ela tem medo dos 10km hahahaha).

Faltando uns 4km sentia o ritmo ir aumentando, e cada quilometro que se passava ficava mais difícil respirar, me mantive um passo de distância do Marlos, e já comecei a achar que não conseguiria acompanhar as longas passadas. Então, lá pelos 200m finais já estávamos lado a lado novamente, consegui o sprint chegando 2 segundos na frente do Marlos, tempo de 41’25” marcado no meu cronometro e 41’27” no da prova, 8º lugar, pra mim um belo resultado.


Resultado da Rustica Unimed Litoral Sul 10 km 2012
Nº NOME TEMPO EQUIPE
001 Marcelo Costa 34’:18” Acorrg
002 Marcos Medeiros 34’35” Regatas
003 Rodrigo Dos Santos 37’:25” Timac/Agro
004 Moraci Costa 37’:40” Regtas/D Tania
005 Jorge Moises 38’42” 6º GAC
006 Luis Antonio Cardoso 39’39” Clucorg
007 Leandro Da Silva Pereira 41’13” Camarig
008 Rhudiere Stron Marinho Rodrigues 41’27” M. Fitness
009 Marlos Rodrigues Domingues 41’30” Ironsul

010 Daniela Lourenço 42’56” Uniodonto


Voltando os 25km de bike veio aquela vontadezinha de disputar uma prova de triathlon...
Sempre admirei provas de tri desde criança, e são 3 modalidades que já pratiquei. Tanto na corrida quanto no ciclismo já tenho um pouco de facilidade, agora natação eu sou um prego, e não pratico ha muito tempo, na verdade desde a Marinha que eu não entro numa piscina. Mas quem sabe um dia eu encare um Tri...


Se eu ganho uma dessas, saio do ciclismo... Specialized Shiv



 ****Autoria das belas fotos do evento de Cláudia Dorneles
 http://www.facebook.com/claudiadornelesfotografias

terça-feira, 12 de junho de 2012

3ª Etapa Citadino de Speed


Depois do resultado ruim na minha estreia no ciclismo de estrada em Bagé, onde revezei com o triatleta e meu amigo Diego Carvalho a ponta do pelotão, tomando um ataque numa subida e ficando para trás, dessa vez fui mais esperto.
Ciclismo não é só perna, é fundamental uma boa estratégia e para grandes resultados é necessário ter ousadia. Pois bem, dia 03/06, frio, muito frio, e vento, mas quando não venta em Rio Grande? Mas este dia estava especial, vento sul com rajadas de mais de 70km/h. A prova era em circuito, aprox. 40km, uma quilometragem baixa para quem está acostumado aos 60km em provas de mountain bike. Essa era minha segunda corrida de speed, e estava me sentindo muito bem, fiz bons treinos sozinho e andei com uma galerinha forte também, enfim era só acertar a estratégia e buscar um bom resultado. Cuidei bem do aquecimento, pois o frio e o vento eram incansáveis.
Concentração pra mim é essencial: foco, determinação, agressividade.


Alinhamos para a largada eu e o Diego Carvalho, nossa ideia obviamente era não puxar o pelotão, para no final tomarmos um ataque ou então perdermos no sprint pelo peso da perna, considerando também a questão do vento, quem ficasse na roda estaria bem protegido, ou nem tanto já que o vento estava lateralizado, mas mesmo assim, dava para achar um cantinho protegido do lado da roda de quem fosse na frente. Dada a largada, saltei na frente, mas nada de fazer força, em seguida o Diego me passou e deu uma boa puxada, fui junto, olhei para trás e poucos vieram conosco, a maioria ficou fechadinho no pelote.

Encostei do lado do Diego e comentei com ele, o pelote não queria se expor, então puxei forte colocando a marca de 54,6km/h, abrimos uma boa distância do pelotão, fizemos o retorno e encaramos o ventinho contra, e não amaciamos, mantivemos pelas duas primeiras voltas um passo bem forte, até abrirmos uma distância tranquila, observamos que dois atletas tinham escapado do pelote, e vinham atrás, um deles era meu amigão Mário Menger que infelizmente caiu, o que tirou qualquer chance de sermos alcançados, até pelo passo que estávamos mantendo, passamos por vários retardatários, e recebíamos palavras de motivação cada vez que fazíamos os retornos, nossa fuga foi espetacular.



No final, já sentia muitas dores nas costas, pelo frio, pela nova postura na bike, pelo esforço já que éramos só dois em fuga, pela tensão em controlar a bike a cada rajada, que por qualquer descuido poderíamos ser empurrados um contra o outro, e isso não é brincadeira, controlar a bike estava muito difícil, e num momento fomos surpreendidos, estando a quase 50km/h um galho seco atravessa  a nossa frente a poucos metros, imaginem se pega na roda, era uma roda, e era um ciclista inteiro. A perna ardia, em alguns momentos parecia já nem obedecer, e se não fosse o Diego estar ali do lado, motivando sei lá como aguentaria. Indo para a última volta, já vibrava, e muito. Fomos ousados em tentar a fuga na primeira volta, e com aquele vento, até pelo fato que o Diego é triatleta, não é de andar no vácuo, e eu também não curto andar em pelotão, fui bem no Contra Relógio e estou acostumado a treinar sozinho, então nosso esforço valeu a pena. Faltando em torno de 400m, ele aumentou o ritmo, acabei perdendo um pouco o vácuo, e senti muito peso na bike. Quando passei a linha de chegada, vieram em mim “Rhudi furou o pneu?”, respondi que não, fiquei para trás porque não aguentava mais mesmo, “não não, tu furou o pneu, olha!”, realmente furei o pneu traseiro e nem reparei, ainda bem que foi no finalzinho, hehehehe!!

Bom, essa prova deixou claro que treino correto, uma boa estratégia, uma bela dose de ousadia e muito trabalho em equipe dão bons resultados! Também contei com a torcida de amigos e com a presença de uma pessoa muito especial, melhor que o troféu, um belo beijo na minha chegada... hehehe...

Parabéns meu amigo e grande atleta Diego Carvalho da IronSul pelo merecido 1º lugar!!


sexta-feira, 6 de abril de 2012

A Importância do Treinamento de Força no Ciclismo


  Neste texto vamos abordar a importância do treinamento de força no esporte em geral e mais especificamente no ciclismo, inicialmente abordaremos as diferentes manifestações de força e suas formas de desenvolvimento numa linguagem mais adaptada possível ao público alvo, ou seja, praticantes do ciclismo competitivo amador.

FORÇA PURA – São ganhos de força avaliados em movimentos específicos importantes para levantar ou projetar alguns objetos mudando sua direção ou sua forma. NORMALMENTE TRABALHADA EM MAQUINAS DE MUSCULAÇÃO e evidenciada pelo aumento de massa muscular (hipertrofia).

POTÊNCIA – É evidenciada através do adicional da velocidade ao movimento representada na física pela formula  (P= F.V). Pode ser trabalhada em máquinas, mas esta valência eu recomendo sempre que seja desenvolvida de forma especifica, ou seja, em situação real ou mais próxima do movimento específico: Sprints máximos no ciclismo ou treinamento de tiros curtos.

FORÇA RESISTENTE - Ou resistência de força, é a capacidade de manter o esforço por período relativamente longo sem  perder a eficiência, pode ser desenvolvido tanto em máquinas com séries longas (varias repetições) ou de forma específica, recomendo sempre a utilização de ambos os métodos.

 FORÇA DE ESTABILIZAÇÃO -  É a capacidade de manter força em estado de desequilíbrio, muito comum no ciclismo, ou seja, o corpo deve ser estimulado a manter-se em oposição a força centrífuga ou centrípeda de forma coordenada para manter-se na rota e promovendo ainda a propulsão. Esta capacidade eu costumo treinar em pranchas ou promovendo o desequilíbrio corporal enquanto faz força (força funcional), tema para outra matéria.

É importante salientar que todas as manifestações de força são importantes e devem ser estimuladas em seu tempo ideal, e muitas vezes é difícil fazer a diferenciação de cada uma, lembrando ainda que o trabalho voltado para um objetivo geralmente desenvolve o outro ainda que de forma menos enfática.




O iniciante em treinamento de força deve passar por um período de adaptação inicial para preparar seu corpo para as cargas mais específicas, lembrando sempre que os ganhos iniciais de força estão relacionados as adaptações neuromotoras e não são proporcionais ao corte transversal do músculo como sempre se acreditou.


                                    IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO DE FORÇA NO CICLISMO
      1-      Desenvolvimento de massa muscular. Em poucos meses de treinamento de força é possível alterar em 5% o percentual de massa muscular, isto representa mais eficiência motora, maior transporte de sangue com oxigênio e outros nutrientes para as células musculares, maior proteção do esqueleto nas quedas e torções.

2-      Aumento da resistência geral e tolerância ao esforço e ao stress em situações limite.

3-      Aumento da força geral.

      4-      Aumento da força específica, na pedalada e no transporte de equipamento e propulsão.

5-      Aumento da potência, facilitando sprints finais e “ataques”.

6-      Redução de “quebra” e de lesões.

7-      Melhora da postura.

8-      Eficiência compensatória, prevenindo vícios posturais, e de movimentos provocados pelos treinos longos e pelo tempo de prática, aliviando dores nas costas pós prova.

9-      Melhora da capacidade de recuperação após sprints, ataques e após as provas, ficando o atleta novamente apto para o trabalho e lazer.




Diante de tantas valências envolvidas o ciclismo é um esporte aeróbio (resistência), um esporte de força ou um esporte de velocidade?




No próximo post analisaremos as capacidades físicas e fisiológicas envolvidas no treino e competição do ciclismo.


Professor Taimar Marinho
Esp. Ciências do Treinamento Desportivo
Esp. Fisiologia do Exercício
CREF 004525

quarta-feira, 28 de março de 2012

Protesto na ERS 734



 Moradores do Bairro Bolaxa, hoje (28/03) protestaram por uma ciclovia na ERS 734, para ligação entre o próprio bairro Bolaxa e o Cassino. A paralização da estrada começou por volta das 17hs e se estendeu até umas 18hs interrompendo o trânsito no sentido Centro - Cassino, criando um engarrafamento de 5km. Várias pessoas apoiaram a iniciativa, outras além de não apoiarem, cometeram infrações de trânsito, como andar encima da calçada, contramão, retorno em lugar indevido.....
Andando por cima da calçada
Advertido pelo policial
Além de reinvidicarem por uma ciclovia, os moradores do bairro Bolaxa também pedem por uma rótula de acesso ao bairro, já que com a duplicação, é necessário andar em torno de 1km até a próxima rótula, que, segundo comerciantes, acabou prejudicando o comércio local. Outro grande problema no local é a faixa de segurança usada por alunos da Escola Ana Nery, simplesmente os carros não respeitam, mesmo se tratando de crianças, passam em alta velocidade, fato este, presenciado por mim que trabalho próximo ao local.
Bem, a ausência ou condições de ciclovias e ciclofaixas é um grande problema em todo país, e cada dias mais reivindicada a construção pela sua necessidade. Considerando o investimento necessário e manutenção quase inexistente (isso no Brasil, que utiliza asfalto vagabundo, para sempre ter uma obra para desviar alguns trocados). Então por que é tão difícil o governo ter a iniciativa de implantar as ciclovias? Um dos motivos já citei, ciclovia não tem manutenção, afinal bicicleta é infinitamente mais leve que veículos automotores, e mesmo nas estradas feitas aqui, uma ciclovia nunca teria um buraco, por exemplo.

Outro motivo, transporte público é algo que dá dinheiro, e muito, uma cidade com uma boa infraestrutura para os ciclistas, acabaria trocando o vergonhoso ônibus atrasado e lotado, motoristas irresponsáveis e cobradores mal humorados, pela prática saudável e econômica das pedaladas. Mais outro motivo é o Sr. Imposto, uma boa fonte de renda para políticos, uma bicicleta não gasta combustível e não paga IPVA, porém quem compete como eu, paga taxas altíssimas em produtos importados, este é outro problema. Mas para deslocamente urbano uma bicicleta simples e nacional, dá conta tranquilamente, além de ser uma opção ecologicamente correta, que contribui para o meio ambiente, é uma boa forma de economia que também contribui para uma vida saudável.
Veículo que mesmo sob ordem do policial não diminuiu a velocidade, parando quase encima da faixa de segurança. Motivo: Falando no celular, sem cinto de segurança...
Eu e mais um bom número de ciclistas usamos o trecho entre Cassino e Bolaxa para treinar, considerando as vias duplicadas e triplicadas é um bom local, mas mesmo em horário de pouco trânsito, sofremos muito com a falta de respeito de carros, ônibus e caminhões. Uma ciclovia ou ciclofaixa no local, dificilmente seria usada por nós, que pedalamos numa média de 30, 40km/h chegando até a velocidades superiores, o que colocaria em risco os demais ciclistas, e pedestres que com certeza usarão esta via.
Rio Grande tem um grande potencial para ter ciclovias ou ciclofaixas ÚTEIS, não uma ciclovia compartilhada que vai do início da Av. Atlântica ao final da mesma, falo em ciclovias que liguem um bairro ao outro. Para quem não esta acostumado a distância pode assustar, mas acreditem, pode ser mais rápido, saudável e confortável do que esperar numa parada com riscos de assaltos, lidar com os atrasos e superlotações, e a demora no deslocamento de ônibus.
Andando na contramão

Também pela contramão
E quem já passou por São Paulo, aquele trânsito caótico que segundo especialistas não tem conserto, imaginem se os deslocamentos fossem feitos de bicicleta? Alguns irão citar até com razão, falta de segurança e infraestrutura, mas levanto outra questão, ostentação, cada um gasta no que lhe for conveniente segundo suas prioridades, para alguns andar numa bicicleta de 5 mil reais é um absurdo, para outros, andar num importado que alcança quase 300km/h, para se "deslocar" num engarrafamento é loucura. Mas o que chama mais a atenção, o carrão ou a bike?


Como referência temos a Bélgica, que simplesmente tem ciclovia em praticamente todos lugares, lá também se pode alugar bicicletas para ir de um ponto a outro. E algumas empresas pagam a seus funcionários por cada quilômetro de deslocamento para ir ao trabalho de bicicleta, com isenções do Estado.
Sistema de eletrônico de aluguel em Barcelona

Barcelona

Florença
Subúrbio de Paris

Bélgica
Não, não é no Brasil
Então, ciclovias, ciclofaixas, aluguéis de bicicletas, segurança e toda infraestrutura para ciclistas são somente consequência de uma cultura que preserva o meio ambiente, não gasta dinheiro a toa, preocupa-se com a saúde e preza pelo bem estar dos usuários.