segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rústica Unimed

Dia 10/06 acordei bem cedo, tomei um café bem reforçado, vesti a roupa de ciclismo de inverno, peguei a bike e pedalei até o centro. Minha ideia era ir num passo leve, mas devido ao frio, tive que ir forte para aquecer o corpo. Foram 24km até a Prefeitura Municipal, onde foi realizada a Rústica Unimed, me inscrevi nos 10km. 

Minha primeira e última rústica de 10km foi na Supermaratona (clique no link) em março, que fiz  43’29”, que na verdade eram 10200m. A última rústica foram 5,350km em maio, no Dia do Desafio, tempo 20’50”. No intervalo entre elas, já tinha corrido 20,400km numa brincadeirinha e mais algum treino acompanhando a Fabiane. Infelizmente não treino corrida, fico só na bike, mas tenho uma grande paixão e até facilidade em correr. Bom, nesta rústica da Unimed, corri ao lado do triatleta Marlos Domingues, procurei manter um bom passo, e como o Marlos estava num ritmo bom, quis acompanhá-lo, só assim não me entregaria ao peso dos posteriores da coxa que parecia encurtar minha passada. Agora o que incomodou mesmo foi a sempre presente dorzinha no diafragma, que pode ter sido intensificada pelo frio, e também quem sabe pela de perda rios de suor, provocada pelo calor que a calça bretelle e mais a camisa que já estava aberta até o abdomem, e as luvas que já estavam no bolso desde o segundo km de corrida. Pelo menos entrei soltinho, bem aquecido, o que a bike não leva o mérito sozinha, afinal a idéia era ir sem pressa, bem de leve, chegando quase na hora. Acabei dando-lhe de sapatilha nos clipes, chegando antes do que eu imagina, precisando de mais um aquecimento em companhia da Karen Jardim, que tirou o 3º lugar, nos 5km (ela tem medo dos 10km hahahaha).

Faltando uns 4km sentia o ritmo ir aumentando, e cada quilometro que se passava ficava mais difícil respirar, me mantive um passo de distância do Marlos, e já comecei a achar que não conseguiria acompanhar as longas passadas. Então, lá pelos 200m finais já estávamos lado a lado novamente, consegui o sprint chegando 2 segundos na frente do Marlos, tempo de 41’25” marcado no meu cronometro e 41’27” no da prova, 8º lugar, pra mim um belo resultado.


Resultado da Rustica Unimed Litoral Sul 10 km 2012
Nº NOME TEMPO EQUIPE
001 Marcelo Costa 34’:18” Acorrg
002 Marcos Medeiros 34’35” Regatas
003 Rodrigo Dos Santos 37’:25” Timac/Agro
004 Moraci Costa 37’:40” Regtas/D Tania
005 Jorge Moises 38’42” 6º GAC
006 Luis Antonio Cardoso 39’39” Clucorg
007 Leandro Da Silva Pereira 41’13” Camarig
008 Rhudiere Stron Marinho Rodrigues 41’27” M. Fitness
009 Marlos Rodrigues Domingues 41’30” Ironsul

010 Daniela Lourenço 42’56” Uniodonto


Voltando os 25km de bike veio aquela vontadezinha de disputar uma prova de triathlon...
Sempre admirei provas de tri desde criança, e são 3 modalidades que já pratiquei. Tanto na corrida quanto no ciclismo já tenho um pouco de facilidade, agora natação eu sou um prego, e não pratico ha muito tempo, na verdade desde a Marinha que eu não entro numa piscina. Mas quem sabe um dia eu encare um Tri...


Se eu ganho uma dessas, saio do ciclismo... Specialized Shiv



 ****Autoria das belas fotos do evento de Cláudia Dorneles
 http://www.facebook.com/claudiadornelesfotografias

terça-feira, 12 de junho de 2012

3ª Etapa Citadino de Speed


Depois do resultado ruim na minha estreia no ciclismo de estrada em Bagé, onde revezei com o triatleta e meu amigo Diego Carvalho a ponta do pelotão, tomando um ataque numa subida e ficando para trás, dessa vez fui mais esperto.
Ciclismo não é só perna, é fundamental uma boa estratégia e para grandes resultados é necessário ter ousadia. Pois bem, dia 03/06, frio, muito frio, e vento, mas quando não venta em Rio Grande? Mas este dia estava especial, vento sul com rajadas de mais de 70km/h. A prova era em circuito, aprox. 40km, uma quilometragem baixa para quem está acostumado aos 60km em provas de mountain bike. Essa era minha segunda corrida de speed, e estava me sentindo muito bem, fiz bons treinos sozinho e andei com uma galerinha forte também, enfim era só acertar a estratégia e buscar um bom resultado. Cuidei bem do aquecimento, pois o frio e o vento eram incansáveis.
Concentração pra mim é essencial: foco, determinação, agressividade.


Alinhamos para a largada eu e o Diego Carvalho, nossa ideia obviamente era não puxar o pelotão, para no final tomarmos um ataque ou então perdermos no sprint pelo peso da perna, considerando também a questão do vento, quem ficasse na roda estaria bem protegido, ou nem tanto já que o vento estava lateralizado, mas mesmo assim, dava para achar um cantinho protegido do lado da roda de quem fosse na frente. Dada a largada, saltei na frente, mas nada de fazer força, em seguida o Diego me passou e deu uma boa puxada, fui junto, olhei para trás e poucos vieram conosco, a maioria ficou fechadinho no pelote.

Encostei do lado do Diego e comentei com ele, o pelote não queria se expor, então puxei forte colocando a marca de 54,6km/h, abrimos uma boa distância do pelotão, fizemos o retorno e encaramos o ventinho contra, e não amaciamos, mantivemos pelas duas primeiras voltas um passo bem forte, até abrirmos uma distância tranquila, observamos que dois atletas tinham escapado do pelote, e vinham atrás, um deles era meu amigão Mário Menger que infelizmente caiu, o que tirou qualquer chance de sermos alcançados, até pelo passo que estávamos mantendo, passamos por vários retardatários, e recebíamos palavras de motivação cada vez que fazíamos os retornos, nossa fuga foi espetacular.



No final, já sentia muitas dores nas costas, pelo frio, pela nova postura na bike, pelo esforço já que éramos só dois em fuga, pela tensão em controlar a bike a cada rajada, que por qualquer descuido poderíamos ser empurrados um contra o outro, e isso não é brincadeira, controlar a bike estava muito difícil, e num momento fomos surpreendidos, estando a quase 50km/h um galho seco atravessa  a nossa frente a poucos metros, imaginem se pega na roda, era uma roda, e era um ciclista inteiro. A perna ardia, em alguns momentos parecia já nem obedecer, e se não fosse o Diego estar ali do lado, motivando sei lá como aguentaria. Indo para a última volta, já vibrava, e muito. Fomos ousados em tentar a fuga na primeira volta, e com aquele vento, até pelo fato que o Diego é triatleta, não é de andar no vácuo, e eu também não curto andar em pelotão, fui bem no Contra Relógio e estou acostumado a treinar sozinho, então nosso esforço valeu a pena. Faltando em torno de 400m, ele aumentou o ritmo, acabei perdendo um pouco o vácuo, e senti muito peso na bike. Quando passei a linha de chegada, vieram em mim “Rhudi furou o pneu?”, respondi que não, fiquei para trás porque não aguentava mais mesmo, “não não, tu furou o pneu, olha!”, realmente furei o pneu traseiro e nem reparei, ainda bem que foi no finalzinho, hehehehe!!

Bom, essa prova deixou claro que treino correto, uma boa estratégia, uma bela dose de ousadia e muito trabalho em equipe dão bons resultados! Também contei com a torcida de amigos e com a presença de uma pessoa muito especial, melhor que o troféu, um belo beijo na minha chegada... hehehe...

Parabéns meu amigo e grande atleta Diego Carvalho da IronSul pelo merecido 1º lugar!!