terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

1ª etapa no Citadino de MTB

Saudações leitores, muito feliz com a colocação na última etapa do Zona Sul de Ciclismo, comecei a me preparar para o Campeonato Citadino de Mountain Bike, a 1ª etapa foi dia 08 de janeiro de 2012 e eu estava numa enorme dúvida de qual categoria iria encarar, o certo seria a Estreante, afinal pedalo a pouco tempo, e seria minha segunda competição, porém eu já estava treinando no percurso, falando nele, a largada seria no Sesc, em frente a Iemanjá, seguindo pela Av. Beira Mar até o fim, onde entrávamos numa trilha que levava até o antigo Terminal Turístico, atravessávamos as dunas da praia, e seguíamos pela orla em direção aos molhes da barra, retornávamos pela orla até o Sesc, pois bem, a Estreante daria 2 voltas assim, a Sub 30 junto com a Master A e a Elite, 4 voltas. Nos treinos eu conseguia dar as 4 voltas, mas não sabia se chegaria bem na prova, pensei “ah azar” vou encarar a Sub 30.



Tive uma grande força e incentivo que foi meus pais me acompanhando de moto no trecho da praia. Bom, vamos a prova, a organização chamou a Elite, a Master A e a Sub 30 para a frente do pelotão antes da largada, esta que seria controlada, então me fui, alinhando com os feras da Elite, e me achando grandão, dada a largada, quis ir junto com eles, os batedores de moto andaram por 1 km na nossa frente, quando saíram o “bicho pegou” os guris puxavam forte e estávamos contra o vento, eu, novamente perdido não sabia se cuidava da respiração ou do pelotão para não perder o vácuo, os dois pra mim seria muito difícil...

Entramos na trilha bem embolados, alguns ciclistas caíram nos trechos de areia fofa, eu tinha treinado bem nestes trechos e não tive problemas, nisto a gurizada forte escapou, eu fiquei no segundo pelotão que se formou após atravessar as dunas, foi aí que descobri realmente como funciona um pelotão, contra o vento ninguém quer “puxar”, ou seja, ir na frente enquanto os demais vão no vácuo, sem a força do vento, pois bem, íamos a uma média de 23km/h e eu no meio do pelotão via dois ciclistas a uns 150 metros a frente, e pensei “vou pegar eles”, e arranquei na frente do pelotão, que ventania... Fui a uma média de 25km/h até alcançar eles e o pelotão veio junto é claro, alcancei e descansei, fui lá pro fundo protegido do vento.

 Quando fizemos o retorno, foi uma delícia o vento empurrando a favor, aproveitei para hidratar. Sabia que minhas rodas 29” teriam vantagem depois de embalar a favor do vento, mas o pelotão foi incansável e acabei ficando pra trás, passei a maior parte da prova sozinho, encarando o vento que não dava trégua, só queria saber quantos da minha categoria estavam na frente, eram 2. Fui tentando manter o mesmo ritmo, no final da segunda volta o Derlain e o Ricardo me alcançaram “vamos lá Rhudi”, quando concluímos a segunda volta e fomos contra o vento para terceira volta, trabalhamos juntos, eles queriam pegar o pelotão maior que eu tinha perdido, e foi muito legal ver aquela motivação, força de vontade dos dois, beleza, vamos juntos, entramos na trilha e eu cansei, a perna ardia muito porque imprimimos um ritmo forte e tava difícil acompanhá-los e muito menos revezar a frente, o Derlain escapou e conseguiu chegar no pelotão, o Ricardo foi depois e eu fiquei, “Azar, eu tenho uma volta a mais” pensei. A quarta volta foi pegada, eu via um ciclista a uns 300m atrás e como não uso lentes de contato quando pedalo, porque mesmo de óculos a poeira e a areia me irrita, e no óculos eu estava usando lentes marrons, não conseguia identificar a cor nem o número da placa dele, e cada vez ele estava mais próximo, pedi ao meu pai que estava de moto ver que categoria ele era, Elite, ufaaaa....... Ele me passou na ida contra o vento aos molhes, fui tentando pegar vácuo, até peguei um pouco, mas ele se afastou. Quando fiz o retorno, aproveitei para descansar e hidratar, aí pedalei forte, bem forte, era a última volta e eu queria alcançar ele de novo, e consegui, passei com tudo. O grande problema agora eram os carros, muitos carros, e eu estava numa média de 40km/h e sem muita estabilidade por causa da areia, meus pais iam buzinando, mas não adiantava muito, quando fui fazer a última curva num cruzamento de acesso a praia, vários carros estavam atravessados e o guarda municipal que deveria estar atento aos ciclistas que iam chegando, estava distraído e quando me viu era tarde demais, fiz a curva gritando, tirando fininho dos carros, era muita adrenalina para ter cautela. Cheguei vibrando, 3º lugar, quase 60km, 2ª competição e na pegada Sub 30. Que beleza!!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário